sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Não me sonhe, por favor. Eu tenho medo do que você sente, medo de vir a sentir também, medo de perder o que a gente timidamente construiu involuntariamente numa amizade de adolescência que só se consolidou numa fase que você é bem mesmo tudo que a gente quer um pro outro. Eu tenho sido tão eu mesma com todos os meus 793 defeitos na esperança de que você não diga pra mim daqui há algum tempo que eu não sou mais a mesma. Você é tão maior que tudo de minúsculo que eu faço questão me maximizar só pra não admitir o que se passa. Você tem toda uma grandeza de aceitar meus absurdos e me esperar de braços abertos para que depois que a euforia passasse, eu fosse sua. Você me ensina todo dia, e eu te ensino também. Cada um com seu tempo, com a sua verdade, completando o que é do outro sem invadir o espaço que cuidadosamente tem se tornado muito mútuo para ser individual. Nesse exato momento, você dirige trezentosesessentaquilometros para transformar meu respirar em suspirar.

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